terça-feira, 8 de julho de 2008

Tenis de Mesa

INTRODUCAO
Existem várias teorias sobre a origem do tênis de mesa, e a mais aceita delas é a de que militares ingleses, no século XVIII, tentando jogar tênis, acabaram criando uma versão alternativa do esporte. No lugar da mesa se usava uma caixa de papelão, as raquetes eram feitas de tampas de caixas, e rolhas substituíam as bolas.
O tênis de mesa só surgiu com vigor, porém, em 1900, quando o inglês James Gibbs levou uma bola de celulóide dos Estados Unidos para a Europa. Foi nessa época que a nova modalidade foi batizada de “ping pong” devido ao barulho produzido pelas raquetes e pelo quicar da bolinha.


Meses depois, no entanto, uma empresa patenteou o nome para vender o “produto” como um jogo de tênis em miniatura. Assim, a solução encontrada pelos praticantes foi criar o “tênis de mesa”.
O responsável pela formatação das regras foi Ivor Montagu, da Universidade de Cambridge, em 1922. Quatro anos depois, Áustria, Inglaterra, Alemanha, Hungria e Suécia fundaram a Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), em Londres. Nesse mesmo ano, foi disputado o primeiro Campeonato Mundial da modalidade, que começou a se expandir pelo mundo. Porém, sua inclusão no programa dos Jogos Olímpicos demoraria para ser efetivada, acontecendo somente na edição de 1988, em Seul, na Coréia do Sul.


REGRAS
O objetivo do tênis de mesa é golpear a bola para o outro lado de modo que o adversário não consiga rebater ou o faça de maneira incorreta. Quem conseguir cumprir esse objetivo ganha o ponto em disputa.
O sistema de contagem de pontos é simples. Vence um set o jogador que primeiro marcar 11 pontos. Caso haja empate por 10 a 10, a disputa continua até que alguém abra dois pontos de vantagem. Uma partida de tênis de mesa pode ser disputada em qualquer número de sets ímpares (melhor de três, cinco, sete, e assim sucessivamente).
O duelo começa com o saque. Um jogador, escolhido por sorteio, tem de lançar a bola para o alto - no mínimo 16cm - e golpeá-la para a quadra adversária. O saque deve ser dado atrás da linha de fundo, e o adversário tem de conseguir enxergar a bola com clareza, não podendo o sacador a encobrir com o braço. Cada jogador saca duas vezes consecutivas e depois passa esse direito ao adversário.
A partir daí, os mesa-tenistas começam a disputa do ponto, e perde aquele que não conseguir rebater a bola na quadra adversária, jogar a bola na rede ou deixá-la bater duas vezes em seu lado. Em qualquer um desses casos, o adversário ganha o ponto. Nenhum jogador pode tocar a rede, a mesa de jogo ou bater na bolinha com o lado de madeira da raquete. Nesses casos, o adversário também é beneficiado com um ponto.
Imagem cedida pelo Comitê Olímpico Brasileiro
O tênis de mesa pode ser disputado em jogos individuais ou em duplas. A principal diferença está na forma como acontecem as trocas de bolas. No jogo de duplas, ao contrário do que ocorre nas partidas de simples, os atletas do mesmo conjunto devem se alternar na recepção das bolas, não podendo golpeá-las de maneira consecutiva em nenhuma oportunidade.Além disso, no momento do saque, o jogador deve mandar a bola do lado direito da sua quadra para o lado direito da quadra do receptor.

LOCAL
O tênis de mesa normalmente é disputado em ginásios fechados, sobre uma mesa feita de madeira (pintada com cores escuras), com 2,74 m de comprimento, 76 cm de altura e 1,52 m de largura. Uma marcação branca de 3 mm de largura deve estar pintada em todas as bordas de sua superfície, para facilitar a visualização dos limites. Além disso, ela deve conter uma outra linha de 3 mm de largura no sentido do comprimento, a ser usada nos jogos de duplas. A rede tem 1,83 m de comprimento e 15,25 cm de altura a partir da mesa.


TATICAS
O tênis de mesa é um esporte que exige muita concentração de seus praticantes justamente por ser decidido em um espaço de tempo muito curto. Sendo assim, reflexos rápidos são requisitos fundamentais exigidos dos jogadores. É preciso, ainda, um amplo ponto de mira, para que a bolinha vá sempre no local desejado.
Dois outros fatores importantes são a capacidade que um jogador tem de enganar o adversário (evitando que ele preveja suas ações) e, por outro lado, a de não se deixar ludibriar. Para tanto, um dos artifícios mais utilizados pelos mesa-tenistas é a batida na bola com efeito. Nesse caso, o jogador a golpeia de forma que ela vá para o lado contrário de sua trajetória inicial - ou seja, às vezes a bola vai para a direita, mas “pega efeito” para esquerda e engana o receptor.
A maioria dos golpes do tênis de mesa tem certa semelhança com os do tênis convencional. O backhand acontece quando o jogador bate na bola com o lado contrário da mão hábil, enquanto o forehand ocorre no momento em que o atleta bate na bola com o lado da mão hábil.


EQUIPAMENTOS
O uniforme de um jogador de tênis de mesa deve ser composto por uma camiseta, um shorts (ou saia, no caso das mulheres), meias e tênis esportivos. A única exigência feita é que as cores da camiseta e do shorts/saia não sejam as mesmas da bolinha. A bola do jogo deve ser feita de celulóide ou plástico similar, nas cores laranja, branca ou fosca. Seu peso deve ser 2,7 g e seu diâmetro 40 mm.
A raquete do tênis de mesa pode ser de qualquer tamanho e peso. Porém, ela tem de ser constituída de madeira natural em 85% do seu total. Um dos lados da raquete deve conter uma camada de borracha, a ser pintada de vermelho vivo ou preto. O outro lado, de madeira, não pode ser usado para bater na bola.


BRASIL
O tênis de mesa chegou ao Brasil no começo do século XX por meio de turistas ingleses. No início, era praticado apenas em clubes e casas particulares, expandindo-se para outros ambientes apenas em 1912. Nesse ano, foi disputado o primeiro campeonato por equipes de São Paulo, vencido pelo Vitória Ideal Clube.
A modalidade só foi oficializada pela Confederação Brasileira de Desportos (antiga CBD, que regulamentava o esporte no país àquela época) em 1942. O primeiro torneio internacional disputado por mesa-tenistas brasileiros aconteceria na terceira edição do Campeonato Sul-Americano, em 1947.
Desde então, o esporte foi se desenvolvendo e passou a ser muito praticado como recreação em escolas de todo o país. Atualmente, segundo a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa(CBTM), existem 20 mil atletas registrados em todo o território nacional. Apesar da relevância no número de praticantes, o Brasil nunca conseguiu um resultado de repercussão mundial, mantendo-se sempre em desvantagem no confronto com os mesa-tenistas orientais. O país, porém, é um dos melhores entre as nações americanas.
Os maiores nomes da história do esporte no país são Cláudio Kano e Hugo Hoyama. O primeiro, no entanto, teve sua carreira interrompida em 1996, uma semana antes de embarcar para os Jogos Olímpicos de Atlanta, quando morreu em um acidente de moto em São Paulo.Já Hugo Hoyama é o maior vencedor de medalhas de ouro para o Brasil em Jogos Pan-americanos com nove conquistas.



CURIOSIDADES
O Campeonato Mundial de Tênis de Mesa é disputado a cada dois anos desde 1926, e a hegemonia do esporte mudou radicalmente de mãos a partir de um certo momento. No início, os países do Leste Europeu eram os maiores vencedores da modalidade - em especial a Hungria, seguida de longe por Romênia e Áustria. O domínio era tamanho que a primeira medalha de um país oriental no torneio individual só foi conquistada em 1952, quando o japonês Hiroji Satchi ficou com o ouro entre os homens.
Após a conquista de Satchi, porém, os asiáticos especializaram-se no tênis de mesa e conquistaram a hegemonia da modalidade. Atualmente, a China é a maior detentora de medalhas de ouro no torneio individual do Campeonato Mundial, com 31 conquistas (entre homens e mulheres), 21 a mais que a segunda colocada Hungria, que venceu a maioria de seus torneios na primeira metade do século XX.
A tradição dos asiáticos na modalidade influencia, inclusive, no tênis de mesa brasileiro. A maior parte dos grandes nomes do esporte nacional, como Hugo Hoyama, Ricardo Inokuchi, Cazuo Matsumoto, Gustavo Tsuboi, Mariany Nonaka e Lívia Mizobuchi, além do falecido Cláudio Kano, tem ascendência oriental.
A superioridade dos orientais no tênis de mesa tem despertado interesse de algumas confederações mais fracas, que optam pela naturalização desses atletas para que eles disputem torneio pelas novas nações. Tal expediente gerou um episódio curioso no Pan-americano de 2003, em Santo Domingo, na República Dominicana. Como país-sede, os donos da casa tinham vaga garantida na competição e resolveram “naturalizar” o chinês Lin Ju para disputar o torneio individual. No final, ele ficou com a medalha de ouro. O problema, contudo, é que por não saber falar espanhol, ele decidiu não dar entrevistas após a partida decisiva. Para piorar, na hora do pódio entregaram uma bandeira da República Dominicana a Lin Ju, mas ele a exibiu de cabeça para baixo.

2 comentários:

Drica disse...

quero aprender a jogar

Anônimo disse...

=]


isso eh o de menos
=]

PS: TENIS DE MESA NAO EH PINGPONG ^^